O que a Educação tem a ver com a pobreza e exclusão?

O que a Educação tem a ver com a pobreza e exclusão?
Ou será: o que a pobreza e exclusão têm a ver com a Educação?

Afinal, de que Educação estamos falando?

Para Além da Educação se refere justamente a uma crítica e a uma reflexão contínua e consciente da educação que temos hoje no Brasil: uma educação voltada para os interesses capitalistas, que visa a formação utilitarista para o mercado de trabalho. “Para além” refere-se, então, a uma educação para a formação do ser, com princípios e valores universais.

A Educação deve ir além do caráter messiânico e também dominador. Ou seja, deve transpor a noção de neutralidade, contribuindo para a transformação social. Afinal, Educação é Social e Política.


domingo, 13 de junho de 2010

Emissão de carbono da China cresce 9% em 2009 e cai no resto do mundo

Liberação de CO2 de combustível fóssil chegou a 7,52 bilhões de toneladas.

Total global caiu pela 1ª vez desde 1998, por causa da recessão.

Dados divulgados nesta quarta-feira (9) mostraram que as emissões chinesas de dióxido de carbono pelo uso de combustíveis fósseis subiram 9% em 2009, contrariando a tendência global de queda, o que deve aumentar a pressão sobre Pequim nas negociações climáticas da ONU.

As emissões chinesas de CO2 derivados de combustíveis fósseis chegaram a 7,52 bilhões de toneladas no ano passado. Já o total global registrou a primeira queda desde 1998, por causa da contração na produção industrial e no consumo de combustíveis, causada pela recessão mundial, segundo dados da empresa BP.

A China se tornou, assim, o primeiro país na história a emitir mais de 7 bilhões de toneladas de CO2 em um só ano, e se consolidou como maior emissor do mundo, depois de ultrapassar os EUA em 2008, segundo a Revisão Estatística da Energia Mundial, um documento divulgado anualmente pela BP.

A China emitiu quase 1,6 bilhão de toneladas a mais do que os EUA, cujas emissões caíram 6,5% e ficaram em 5,94 bilhões de toneladas, menor volume desde 1995.

Em termos globais, as emissões caíram 1,1% em relação ao recorde de 2008. Isso significa que o volume de CO2 caiu de 31,55 para 31,13 bilhões de toneladas.

As economias emergentes aumentaram sua participação em relação aos países da OCDE. Nos emergentes, as emissões subiram 5,3% e chegaram a 15,25 bilhões de toneladas, ou 49% do total global.

Entre os países da OCDE, houve queda de 6,2%, levando a um total de 13,52 bilhões de toneladas. Na União Europeia, a queda foi de 6,4%, com um volume total de 4,07 bilhões de toneladas.

Fonte: Globo.com

Postado por Vânia Oliveira

A Emergência da Educação Ambiental no Brasil: “Fundamentalmente, a solução dos problemas ambientais está na Educação”

A emergência da Educação Ambiental relaciona-se aos movimentos sociais e ecológicos que floresceram, na década de 1970, no mundo, chamando atenção para os problemas ambientais e sociais em razão do custo de se manter uma sociedade consumista e bélica. Partindo desse cenário mundial, especialistas de diversas áreas passaram a discutir, em âmbito internacional, acerca dos problemas, desafios e soluções referentes à crise ambiental e social. Destacam-se: 1) a Primeira Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em Estocolmo, 1972, que ressaltou a necessidade de desenvolver a EA; 2) o Congresso de Belgrado (1975) reuniu especialistas em educação, biologia, geografia, entre outros, que definiram os objetivos e princípios da EA; 3) a Primeira Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental (1977), realizada em Tbilisi, que definiu a EA como instrumento essencial para a educação, voltada para a resolução de problemas do meio ambiente, com base na interdisciplinaridade e na participação ativa e responsável do indivíduo e da coletividade, ou seja, uma EA crítica e transformadora.

No Brasil, a década de 1980 passa pelo processo de redemocratização do país e pela promulgação da Constituição Federal em 1988, a qual dispõe, além de outros temas, acerca dos direitos sociais e também ambientais. A Educação Ambiental é reconhecida, constitucionalmente, como um dos instrumentos para assegurar o direito efetivo de um meio ambiente ecologicamente equilibrado (Art. 225, § 1º, VI, CF/1988):

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

Em 1989 o governo federal criou o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), com o objetivo de formular e coordenar a execução da Política Nacional de Meio Ambiente, além de incentivar as ações voltadas para a educação ambiental.

Na década de 1990, várias conquistas são alcançadas na área de EA .Nesta mesma década foi sediada no Rio de Janeiro a Conferencia de Cúpula da Terra, mais conhecida como RIO-92, considerada um marco histórico, pois foi a partir de então que ocorreu a evolução da EA. Na conferência foram aprovados cinco acordos de suma importância para o mundo: 1) a Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; 2) a Agenda 21; 3) a Convenção sobre Mudanças Climáticas; 4) a Convenção sobre Diversidade Biológica e 5) a Declaração de Florestas. Outros documentos como, a Carta da Terra, Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global e a Carta Brasileira para Educação Ambiental foram formulados em eventos paralelos a RIO 92, definindo os fundamentos, objetivos e ações para a EA, assim como a aprovação do Programa Nacional de Educação Ambiental, PRONEA, com a participação do MMA/IBAMA/MEC/MCT/MINC (1994). Outro fato importante foi a criação da Comissão Interministerial de EA do MMA, em 1996, e da I Conferência Nacional de Educação Ambiental em Brasília (ICNEA), em 1997.

Apenas em 1999, a Educação Ambiental é instituída como política pública no Brasil, sendo o primeiro país da América do Sul a possuir uma política nacional para a EA. A Lei 9.795/1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, busca a promoção da educação ambiental através de todos os setores da sociedade. As atividades estabelecidas por essa política foram: a capacitação de recursos humanos; o desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações; a produção e a divulgação de material educativo; e o acompanhamento e a avaliação dessas atividades. A lei considera a EA como um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

A Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA também traz a definição de Educação Ambiental como “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (art. 1º, Lei n. 9795/1999). Mas de qual Educação Ambiental estamos falando? Pois, sua definição não é suficiente para apreender a complexidade com que a Educação Ambiental deve ser refletida a partir dos problemas socioambientais, que têm por trás toda uma estrutura de valores e conceitos de uma sociedade de consumo exagerado. Partindo então para os princípios e objetivos (acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9795.htm), começamos a vislumbrar um ideal de reflexão-ação e de sociedade alternativa à atual, porém é devido o questionamento: à qual política econômica e a quais valores societários a PNEA está submetida? É uma sujeição ou uma alternativa?

A instituição e a regulamentação da PNEA pelo Decreto n. 4281/2002 fornecem subsídios importantíssimos para que instituições públicas e privadas prestem mais atenção aos assuntos locais, regionais e globais referentes ao meio ambiente, contribuindo para o envolvimento de empresas, órgãos, indivíduos e comunidades no enfretamento dos problemas socioambientais. No entanto, as reflexões-ações devem ser exercidas de forma autônoma para que a condição de liberdade desses indivíduos seja verdadeiramente efetivada diante do sistema econômico, político e social, tornando-se uma alternativa e não a reprodução de antigos valores e regras.

Para isso, a capacitação e a formação continuada dos professores/educadores devem constituir-se de forma interdisciplinar e crítica para garantir uma Educação Ambiental firme em seus propósitos e princípios de justiça, democracia, liberdade, solidariedade, equilíbrio social e ambiental, diversidade cultural e biológica, dentre outros. Diante dos princípios e objetivos da Educação Ambiental, podemos pensar a Educação para além da objetividade da sociedade capitalista (mercadológica), situando-a no âmbito de formação de cidadãos conscientes e éticos em sua subjetividade.



REFERÊNCIAS:



CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituiçao.htm. Acesso em: 26 de maio de 2010.



POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Lei n. 9597/1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9795.htm. Acesso em: 04 de junho de 2010.



REIGOTA, Marcos. O que é Educação Ambiental? São Paulo: Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 2004.



RIBEIRO, Helena. VARGAS, Heliana C. (Orgs.). Novos Instrumentos de Gestão Ambiental Urbana. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.


                                                                                              Por: Grupo Amazônia

sábado, 12 de junho de 2010

Video com a música Absurdo da Vanessa da Matta e sua mensagem sobre meio ambiente




Por: Layla Honorato

A Formação de Educadores Ambientais no Brasil

Atualmente a educação ambiental vem sendo associada a uma possibilidade de provocar mudanças no que diz respeito à degradação ambiental, sendo reconhecida mundialmente como estratégia prioritária para a transformação da sociedade contemporânea, ao incentivo no desenvolvimento de ações que objetivem diminuir os impactos da degradação sócio ambiental vigente em busca de qualidade de vida. É importante ressaltar que a conferencia de Tbilisi exerceu um importante papel para o florescimento desta percepção, pois foi a partir desta reunião que ocorreu o início de um processo de valorização da EA.

Partindo deste contexto devemos fazer uma reflexão sobre um dos principais atores envolvidos na questão ambiental: o educador. Como acontece o processo de formação destes educadores no Brasil?

A partir das recomendações feitas na reunião de Tbilisi enxergou-se a necessidade e urgência de formação de educadores ambientais, foram traçadas algumas diretrizes que deveriam ser praticadas nos espaços universitários: romper com os modelos tradicionais de educação aplicando a interdisciplinaridade, desenvolver materiais pedagógicos locais e estabelecer cooperações locais, nacionais e internacionais bem como incluir no programa de formação de professores a educação ambiental; ajudar docentes dos centros de formação de professores na área de educação ambiental e facilitar aos futuros professores formação ambiental apropriada ao meio urbano ou rural (UNESCO, 1994).

Além disso, acontecimentos como o Seminário sobre Universidade e Meio Ambiente entre os anos de 1986 a 1992 foram de suma importância para inserir a temática ambiental no meio acadêmico. Mas observa-se que a estrutura organizacional do ensino superior em divisões institucionais e departamentos não incentivam a pratica da interdisciplinaridade, prevalecendo à valorização de especificidades

Em resultado destes primeiros seminários ocorreu o I Curso Latino Americano de Especialização em EA (1990). Varias universidades aderiram as diretrizes e recomendações traçadas nestes eventos, e na tentativa de romper com o paradigma tradicional criaram disciplinas optativas e comissões interdepartamentais ou programas e cursos interdisciplinares, visando conseguir independência dos departamentos disciplinares e nessa mesma década também ocorreu um boom de cursos de pos graduação, desde especialização, mestrado e doutorado em EA.

O papel das instituições universitárias é preparar o futuro profissional para o mercado de trabalho, mas a capacitação direcionada para educação ambiental requer das universidades uma redefinição e adequação dos processos de formação. Porém observa-se que mesmo que iniciativas no ambiente universitário venham se firmando frente às questões sócio ambientais, cabe ressaltar que não há nenhum curso de graduação em educação ambiental a nível nacional somente um curso de pós-graduação stricto-sensu (mestrado e doutorado- FURG) no país. É nos cursos de pós- graduação que a inserção desta temática se dá com maior intensidade, pois adota melhor configuração em virtude do seu caráter multi e interdisciplinar.

No Brasil a porta de entrada para formação de especialistas ambientais acontece principalmente por meio de programas de pós graduação lato-sensu e stricto-sensu, observa-se que a inserção da dimensão ambiental através da especialização possui uma maior liberdade em suas formas operacionais, proporcionando contornos e desenhos específicos e particulares de acordo com os regulamentos e bases estruturais de cada instituição universitária.

Percebe-se que mesmo que a crise ambiental esteja em seu auge atualmente a formação de educadores ambientais ainda é deficiente, pois essa formação ainda não é continuada. Hoje a educação ambiental esta sendo inserida timidamente como tema transversal no ensino fundamental e médio, mas ocorre uma quebra dessa seqüência no ensino superior, pois as inserções são fragmentadas, isoladas, sem diretrizes definidas ou uma inter–relação entre si, restando para os profissionais preocupados com as mazelas das questões sócio ambientais e que objetivem uma melhor capacitação para atuarem em sala de aula buscarem os cursos de pós graduação na área ambiental.



Por: Layla Honorato



Referências Bibliográficas

LOUREIRO, C. F. B. Teoria Crítica. In: FERRARO-JÚNIOR, L. A. (org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, Diretoria de Educação Ambiental, 2005.

TOZONI-REIS, M.F.de Campos. Formação dos educadores ambientais e paradigmas em transição. Ciência & Educação, vol.8, no. 1, p.83-96, 2002.

RIOS, T. Compreender e ensinar. Por uma docência da melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2001.

SORRENTINO, M. Educação ambiental e universidade: um estudo de caso. São Paulo: USP, 1995 (tese de doutorado).



domingo, 6 de junho de 2010

A atuação do MEC e do MMA para a consolidação da EA no Brasil

O MEC e o MMA integram o Órgão Gestor responsável pela coordenação da PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental – (Lei nº 9.795/99 e Decreto 4.281/02). Pautados pelo ProNEA – Programa Nacional de Educação Ambiental – e assessorados pelo Comitê Assessor estão implantando programas e projetos junto às redes públicas de ensino, unidades de conservação, prefeituras municipais, empresas, sindicatos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, consórcios e comitês de bacia hidrográfica, assentamentos de reforma agrária, dentre outros parceiros.

A Coordenação-Geral de Educação Ambiental (CGEA) vincula-se à Diretoria de Educação Integral, Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC). Atuando junto aos sistemas de ensino e instituições de ensino superior, a Secad/MEC apoia ações e projetos de educação ambiental que fortaleçam a PNEA e o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), em sintonia com os princípios e diretrizes do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, da Carta da Terra, da Carta das Responsabilidades Humanas e da Agenda 21.

No MMA o Departamento de Educação Ambiental (DEA) vincula-se a Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAICA). O Departamento de Educação Ambiental do MMA é responsável pela formulação e elaboração de políticas públicas de educação ambiental não-formal e informal. Já a Coordenação-Geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação (CGEA/MEC) coordena as ações do Órgão Gestor no âmbito do ensino formal. Essa organização deve-se à competência primeira do MEC, que é a construção e implementação de políticas públicas com foco nos sistemas formais de ensino, cabendo ao MMA coordenar as ações educativas que se desenvolvem através de práticas sociais não escolares.

Os programas e projetos do MMA são o Circuito Tela Verde, Coletivos Educadores, EA em Unidades de Conservação, Nas Ondas do São Francisco, Salas Verdes, PEAMSS (Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento). Vale destacar os serviços SACE (Sistema de Acompanhamento dos Coletivos Educadores) onde se pode acompanhar o trabalho destes grupos e o site do SIBEA (Sistema Brasileiro de Informação em Educação Ambiental) para encontrar educadores ambientais, instituições e materiais pedagógicos.

O MEC e o MMA se articulam no processo de capacitação dos professores. As idéias da pedagogia da práxis (MMA-DEA) e da pedagogia de projetos coletivos e transformadores (MEC-CGEA) convergem como eixos pedagógicos que consolidam a formação dos (as) educadores (as) ambientais. As idéias de coletivos de participação política e de aprendizagem solidária também são marcas da convergência das propostas.

Na ação Coletivos educadores o interesse na perspectiva continuada de educação se dá na inclusão dos professores e professoras formados em seminários, de modo que sejam incentivados a garantir esta continuidade participando dos coletivos educadores formados para cada pequena região (oito a vinte municípios) e articulados em rede no âmbito de uma bacia ou de um Estado. Na Com-Vida (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) podem ser articuladas processos de Municípios Educadores Sustentáveis na medida em que se articulam (entre escolas, entre municípios) e na medida em que deflagram um processo de Agenda 21.

A construção da educação ambiental como política pública, implementada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), implica processos de intervenção direta, regulamentação e contratualismo que fortalecem a articulação de diferentes atores sociais (nos âmbitos formal e não formal da educação) e sua capacidade de desempenhar gestão territorial sustentável e educadora, formação de educadores ambientais, educomunicação socioambiental e outras estratégias que promovam a educação ambiental crítica e emancipatória. Assim, a educação ambiental insere-se nas políticas públicas do Estado brasileiro de ambas as formas, como crescimento horizontal (quantitativo) e vertical (qualitativo), pois enquanto no âmbito do MEC pode ser entendida como uma estratégia de incremento da educação pública, no do MMA é uma função de Estado totalmente nova.

As políticas públicas em educação ambiental são um processo dialético e partilhado do Estado e da sociedade civil. O Estado assume o estímulo, o subsídio e o certificado de parcerias entre instituições formadoras, que já têm por função precípua a formação de educadores ou que podem passar a assumir tal função, de modo a garantir um processo continuado de formação de educadores ambientais.

A sociedade civil deve se organizar e as instituições devem emergir e qualificar suas demandas, para que os governos subsidiem suas práticas de educação ambiental. Mas será que uma intervenção direta do Estado não seria uma solução? Quando se corre o risco de uma não continuidade da regulamentação atual com a mudança de governo, não seria necessário efetivar a Educação Ambiental como uma política de estado?

Para saber mais acesse o link com o Balanço 2009 do DEA : http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/balanco_2009_20_1.pdf

Referencial Bibliográfico:

SORRENTINO, Marcos; TRAJBER, Rachel; MENDONCA, Patrícia and FERRARO JUNIOR, Luiz Antonio. Educação ambiental como política pública. Educ. Pesqui. [online]. 2005, vol.31, n.2, pp. 285-299. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022005000200010&script=sci_abstract&tlng=pt


                                                                                                                                      Por: Ana Schramm

A Educação Ambiental formal: como efetivar a transversalidade nas escolas?




O conceito de transversalidade surgiu no contexto dos movimentos de renovação pedagógica, quando os teóricos conceberam que era necessário redefinir o que se entende por aprendizagem e repensar também os conteúdos que se ensinam aos alunos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, definiu os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que, por sua vez, orientam para a aplicação da transversalidade.  O Ministério da Educação definiu alguns temas que abordam valores referentes à cidadania: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural. No entanto, os sistemas de ensino, por serem autônomos, podem incluir outros temas que julgarem de relevância social para sua comunidade.

Os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar, que se enriquece através da flexibilidade, uma vez que os temas podem ser contextualizados e trabalhados de acordo com as diferenças locais e regionais. Eles foram escolhidos por um critério de necessidades comuns em todo o território nacional e por um discernimento de urgência social. Os temas transversais devem ser trabalhados de maneira interdisciplinar, para que seja possível transformar e aceitar uma visão diferenciada de mundo, de conhecimento e de ensino e aprendizagem. A interdisciplinaridade e a transversalidade se completam, na realidade escolar, com o “olhar” de abordar o conhecimento, como algo ativo, inacabado, passível de transformação e vinculado às questões sociais.
Uma das características da proposta de trabalho dos temas transversais é que os alunos não se limitem à formação apenas de conhecimento teóricos. A ideia não é que as crianças aprendam sobre as questões, mas que elas aprendam como agir, como praticar ações que permitam concretizar determinadas atitudes.
Para o educador, o Meio Ambiente não se restringe ao ambiente físico e biológico, mas inclui também as relações sociais, econômicas e culturais. O objetivo é propor reflexões que levem o aluno ao enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação com o equilíbrio ambiental. E quando se colocar em discussão um posicionamento em relação à questão ambiental, por exemplo, ele vai ser uma pessoa que vai batalhar pela conservação, pela proteção, pela sustentabilidade ou não. Ou vai simplesmente desconhecer essa questão. E onde ele vai desconhecer essa questão? Na hora que elege uma coisa para consumir, na hora que utiliza os recursos naturais no seu cotidiano, na energia elétrica, no consumo de água, lixo e, até nos relacionamentos com as pessoas, animais e com a natureza.
Formar o cidadão preparar os jovens para vida, mas também a classe das coisas que são básicas para o cidadão de amanhã. A formação do cidadão na escola requer uma participação muito intensa da escola, dos professores, dos alunos e dos pais.

sábado, 5 de junho de 2010

Dia Mundial do Meio Ambiente 2010

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano.

O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado anualmente, no dia 5 de junho, para chamar a atenção dos cidadãos e promover ações voltadas para a conscientização e preservação ambiental.

"Os principais objetivos das comemorações são:
1. Mostrar o lado humano das questões ambientais;
2. Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável;
3. Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais;
4. Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero." (http://www.unep.org/wed/2009/portuguese/evento.htm)

2010 foi declarado pela ONU o Ano Internacional da Biodiversidade, com a intenção de enfatizar a importância da biodiversidade para o bem-estar humano bem como de reunir esforços para proteger a nossa biodiversidade, reduzindo suas perdas. O Dia Mundial do Meio Ambiente 2010, com o tema "Muitas espécies, um planeta, um futuro", reflete a necessidade de conservação das espécies da fauna e da flora do nosso planeta para um futuro saudável e seguro para todos os seres vivos.


Como podemos contribuir para a preservação da vida no Planeta?
Dê sua sugestão e iremos construir juntos alternativas para amenizar o impacto da ação humana na nossa casa, o Planeta Terra.

Por: Naisa Carla Martins Santos