O que a Educação tem a ver com a pobreza e exclusão?

O que a Educação tem a ver com a pobreza e exclusão?
Ou será: o que a pobreza e exclusão têm a ver com a Educação?

Afinal, de que Educação estamos falando?

Para Além da Educação se refere justamente a uma crítica e a uma reflexão contínua e consciente da educação que temos hoje no Brasil: uma educação voltada para os interesses capitalistas, que visa a formação utilitarista para o mercado de trabalho. “Para além” refere-se, então, a uma educação para a formação do ser, com princípios e valores universais.

A Educação deve ir além do caráter messiânico e também dominador. Ou seja, deve transpor a noção de neutralidade, contribuindo para a transformação social. Afinal, Educação é Social e Política.


domingo, 6 de junho de 2010

A Educação Ambiental formal: como efetivar a transversalidade nas escolas?




O conceito de transversalidade surgiu no contexto dos movimentos de renovação pedagógica, quando os teóricos conceberam que era necessário redefinir o que se entende por aprendizagem e repensar também os conteúdos que se ensinam aos alunos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, definiu os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que, por sua vez, orientam para a aplicação da transversalidade.  O Ministério da Educação definiu alguns temas que abordam valores referentes à cidadania: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural. No entanto, os sistemas de ensino, por serem autônomos, podem incluir outros temas que julgarem de relevância social para sua comunidade.

Os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar, que se enriquece através da flexibilidade, uma vez que os temas podem ser contextualizados e trabalhados de acordo com as diferenças locais e regionais. Eles foram escolhidos por um critério de necessidades comuns em todo o território nacional e por um discernimento de urgência social. Os temas transversais devem ser trabalhados de maneira interdisciplinar, para que seja possível transformar e aceitar uma visão diferenciada de mundo, de conhecimento e de ensino e aprendizagem. A interdisciplinaridade e a transversalidade se completam, na realidade escolar, com o “olhar” de abordar o conhecimento, como algo ativo, inacabado, passível de transformação e vinculado às questões sociais.
Uma das características da proposta de trabalho dos temas transversais é que os alunos não se limitem à formação apenas de conhecimento teóricos. A ideia não é que as crianças aprendam sobre as questões, mas que elas aprendam como agir, como praticar ações que permitam concretizar determinadas atitudes.
Para o educador, o Meio Ambiente não se restringe ao ambiente físico e biológico, mas inclui também as relações sociais, econômicas e culturais. O objetivo é propor reflexões que levem o aluno ao enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação com o equilíbrio ambiental. E quando se colocar em discussão um posicionamento em relação à questão ambiental, por exemplo, ele vai ser uma pessoa que vai batalhar pela conservação, pela proteção, pela sustentabilidade ou não. Ou vai simplesmente desconhecer essa questão. E onde ele vai desconhecer essa questão? Na hora que elege uma coisa para consumir, na hora que utiliza os recursos naturais no seu cotidiano, na energia elétrica, no consumo de água, lixo e, até nos relacionamentos com as pessoas, animais e com a natureza.
Formar o cidadão preparar os jovens para vida, mas também a classe das coisas que são básicas para o cidadão de amanhã. A formação do cidadão na escola requer uma participação muito intensa da escola, dos professores, dos alunos e dos pais.

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